Assentando corpos e costurando memórias

as obras de Rosana Paulino como ferramenta para pensar memória nos corpos de mulheres negras

Autores/as

  • DENISE BRAZ

Resumen

O objetivo deste trabalho é descrever e analisar as memórias de sofrimento, de traumas, mas também de lutas, resistências e superação retratadas nas obras Assentamento e Embroidery Hoops de Rosana Paulino. Converso as obras de Paulino com autores que apresentam estudos sobre o corpo negro e feminino e me inspiro na metodologia de Tina M. Campt em Black Gaze para trabalhar a organização visual deste artigo, onde por meio desta estratégia convido a cada leitor a não apenas construir um novo olhar sobre essas obras, mas senti-las e escutá-las. Com Spillers e Ramey Berry analiso o conceito de corpo-memória/corpo-arquivo, conceitos importantes para vincular as experiências desses corpos no tempo-espaço não ocidental e para entender as sequelas ísicas e psíquicas destes corpos na contemporaneidade como observa Victoria Butler. Desta forma, este artigo é uma autoetnograia já que eu mesma me permito experimentar a partir de minhas próprias memórias e de minha relação com meu corpo. A minha expectativa é que este artigo possa colaborar no entendimento das marcas de memórias que cada corpo pode apresentar e na construção de um novo olhar mais humanizado sobre corpos negros e femininos

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Publicado

29-06-2024

Cómo citar

BRAZ, D. . (2024). Assentando corpos e costurando memórias: as obras de Rosana Paulino como ferramenta para pensar memória nos corpos de mulheres negras. Diáspora Africana, 1(1). Recuperado a partir de https://ainalc.org/ojs/index.php/diaspora/article/view/9